NOTA DE ESCLARECIMENTO

GASTRONOMIA

O Encontro da Amazônia, através da Coordenação Pedagógica do Projeto Cultural e Educacional, comunica que por motivos pessoais a chef Manu Buffara não ministrará a oficina “Gastronomia da Conservação”, no evento “Biodiversidade Cultural no dia 30 de maio.  Ainda, por convite da própria, a sub-chef do Restaurante da Manu, Débora Teixeira, será responsável por executar as receitas produzida pela chef, seguindo os mesmos conceitos de sustentabilidade outrora mencionados.

Assim, o Encontro da Amazônia pede desculpas, em nome de toda à equipe, por todo o transtorno causado e se coloca à disposição para eventuais questionamentos.

As inscrições para oficina já estão abertas, pelo link: Gastronomia da Conservação

 

Atenciosamente,

Edicleia Monteiro

Diretora do Encontro da Amazônia

Personalidade: José Claro

personalidades JOSÉ CLARO

Para abordar a biodiversidade do litoral paranaense e como ela influencia e é influenciada pela presença dos seres humanos na região, o Encontro da Amazônia convidou o biólogo José Claro, pesquisador do Centro de Estudos Marinhos (CEM), em Pontal do Paraná, para participar da Jornada da Biodiversidade, com o workshop Biodiversidade Marinha.

Formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Claro é mestre em Zoologia e fez doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento, ambos concluídos na UFPR. Possui experiência no cultivo de microalgas, em técnicas histológicas e na área de Ecoturismo e Educação Ambiental.

Atualmente, leciona as disciplinas de Ecologia, Turismo e Natureza do Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Bagozzi.

Arte: Glauco Teixeira

Texto: Jean Felipe dos Santos

Edição: Marcos Dias

Porco do Mato

Porco do Mato 12-05

O Porco do Mato, Pecari tajacu (Linnaeus, 1758), é encontrado em vários biomas brasileiros, porém não ocorrendo migrações. O que estão localizados na Mata Atlântica estão mais ameaçados, pois sofrem mais com o desmatamento, caça e introdução da espécie exótica invasora, conhecida como javaporco.
 
A pelagem é longa e áspera, geralmente de tonalidade cinza mesclada de preto, com uma faixa de pelos brancos ao redor do pescoço que dá o aspecto de um colar. Na região dorsal possuem uma crina de pelos mais longos e escuros, que eriçam em situações de estresse ou quando demonstram comportamentos de ameaça, sendo que a agressividade aparece quando um membro é perseguido ou ferido. Não existe dimorfismo sexual nessa espécie.
 
Vivem em bandos e já foram avistados machos vivendo sozinho. Sua expectativa de vida é de até 25 anos. Não existem ações de conservação voltadas especificamente para esta espécie.

 

Arte: Rodrigo Julkowski

Texto: Vanessa Crefta Bozza

Edição: Marcos Dias

Encontro da Amazônia realiza eventos sobre Biodiversidade

“Seja Biodiversidade!” reúne eventos para discutir a importância da natureza

O Encontro da Amazônia realiza nos dias 27, 28 e 30 de maio uma série de ações voltadas as discussões sobre diversidades e realidades da fauna e flora brasileira. Com o nome “Seja Biodiversidade!”, o evento é uma iniciativa do Projeto Educacional e Cultural do espaço, que visa promover, mensalmente, atividades temáticas com intuito de valorização da Ecologia, Meio Ambiente, Sociedade e Cultura.

A idealizadora do projeto e diretora do Encontro da Amazônia, Edicleia Monteiro, acredita na importância da discussão dentro das escolas e universidades. “Os jovens de hoje serão os governantes de amanhã”. E completa: compreender a importância do Meio Ambiente para o equilíbrio da sobrevivência de vida na Terra é fundamental para que futuras gerações tenham condições de habitar com qualidade e bem-estar”. O projeto é uma iniciativa para aproximar os estudantes das biodiversidades existentes.

Nos dias, 27 e 28, no período da manhã e tarde, será realizada a “Expedição na Biodiversidade”, voltadas aos estudantes do Ensino Fundamental. As atividades serão divididas em quatro oficinas com temas que variam desde a evolução das espécies aos impactos causados pelo ser humano ao Meio Ambiente.

Expedição na Biodiversidade

Ainda nos dois primeiros dias, às 19h, ocorre a “Jornada da Biodiversidade”. Serão oito workshops temáticos para universitários que acontecem simultaneamente, sendo quatro por noite, ministrados por pesquisadores e especialistas. Neste caso, os interessados devem fazer uma pré-inscrição nos temas através do site.

Na noite do dia 27, a bióloga Fernanda Góss Braga abordará sobre Fauna Atropelada, o biólogo do Centro de Estudo do Mar, José Claro, discutirá a Biodiversidade Marinha e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), que vai trazer toda sua experiência nos workshops sobre o Programa de Desmatamento Evitado e sobre o Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa.

Para a segunda noite, a “Jornada da Biodiversidade” reúne a advogada Marlene Dias Carvalho para falar sobre o Código Florestal – Áreas de Reserva Legal, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para abordar a história de conservação e pesquisa da Reserva Natural Salto Morato e os biólogos Henrique Gomes e Hugo Bornatowski para discutirem a Genética da Biodiversidade e o Conceito e Problemáticas dos Tubarões, respectivamente.

Jornada da Biodiversidade

Para finalizar, no dia 30 de maio, a partir das 15h, o Encontro da Amazônia realiza a “Biodiversidade Cultural”, evento com oficinas temáticas e apresentações culturais. O espaço recebe as oficinas de fotografia e vídeos, Clicando a Natureza, a de Gastronomia da Conservação com ingredientes que minimizam os impactos ambientas, a de introdução à arte de Ilustração Botânica e a de técnicas de jardinagem, Mãos na Terra.

Biodiversidade Cultural

 

 

Texto: Marcos Dias

Arte: Glauco Teixeira

Teiú

FICHA TECNICA TEIU 08-05

Com nome de natureza indígena, na língua dos Tupinambás, o teiú é um réptil ágil e oportunista. Grande predador de pequenos vertebrados e pequenos insetos, também se alimenta de vegetais. Seus hábitos são terrestres, porém não é de se surpreender se ao avistar subindo em árvores.

Está inserido na família dos maiores lagartos do mundo. Seu comprimento pode chegar até 1,5 metros e seu peso até 5 quilos. Sua cabeça é pontiaguda e alongada. Possuem mandíbulas com vários dentes afiados e sua língua tem uma coloração rosada, além de ser comprida e bífida. Sua cauda é arredondada e longa.

Sua coloração é, em sua maioria, negra com manchas brancas ou amarelas nos membros e na cabeça. No entanto, seus filhotes são esverdeados.

São encontrados na América do Sul distribuídos desde o sul da Amazônia até o norte da Argentina. Devido a destruição do seu habitat, geralmente são encontrados invadindo galinheiros, para a ingestão dos ovos. São agressivos, portanto, deve-se tomar cuidado ao encontra-lo.

 

Arte: Rodrigo Julkowski

Texto: Jean Felipe

Edição: Marcos Dias

Personalidade: Hugo Bornatowski

Formado em Biologia pelas Faculdades Integradas Espirita (FIES), Hugo Bornatowski é colaborador do Grupo de Pesquisa em Ictiofauna (GPIc), do Museu de História Natural Capão da Imbuia, em Curitiba.

Doutor em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem experiência na área de Ecologia e Biologia de ecossistemas aquáticos, com ênfase em elasmobrânquios (tubarões e raias).

Participou de projetos relacionados à pesca e conservação de tubarões e raias, interações tróficas e redes tróficas. Também possui experiência com pesquisa relacionada às espécies invasoras. Participou de diversos trabalhos em nível nacional e internacional.

No Encontro da Amazônia, ministrará um workshop, no dia 28 de maio, na Jornada da Biodiversidade, sobre os conceitos básicos dos tubarões da costa brasileira, enfatizando três problemáticas: pesca, ataques e comercialização.

personalidades HUGO BORNATOWSKI

 

Arte: Glauco Teixeira

Texto: Vanessa Crefta Bozza

Edição: Marcos Dias

Pinheiro-bravo

Pinheir-bravo

O Pinheiro-bravo, Podocarpus lambertii (Klotzsh ex Eichler), pode variar de 8 a 25 metros de altura. Seu tronco é curvo e curto, às vezes pouco inclinado. Por ser uma gimnosperma, não apresenta frutos.

Ocorre sobre solos que apresentam uma menor fertilidade e drenados. Sua germinação ocorre entre 30 a 75 dias após seu plantio e são plantadas no campo costumeiramente com crescimento após oito  meses. Suas sementes são espalhadas pelos pássaros que fazem o papel de polinizador.

Sua madeira é utilizada na produção de lápis e fósforos. Na área da saúde,  através do cozimento das folhas, é utilizada no combate de anemias, para o tratamento de infecções na bexiga e na produção deestimulantes, ortificantes e descongestionantes.

Arte: Rodrigo Julkowski

Texto: Jean Felipe

Edição: Marcos Dias

Grimpeiro

Grimpeiro

O Grimpeiro, Leptasthenura setaria (Temminck, 1824), foi eleito pelos vereadores de Curitiba em 8 de junho de 2010 como ave símbolo da cidade.

O passarinho está ligado mais intimamente ao Pinheiro do Paraná do que a gralha azul, por passar seus dias sobre a copa da árvore, alimentando-se das larvas de insetos que atacam o vegetal que possam causar algum dano à planta.

Vivem no alto da Araucária, que tem as folhas pontiagudas e que servem como proteção e são pouco vistos em outras árvores. Os Grimpeiros têm a coloração parda e pequeno, mas com um belo canto.

Sua ocorrência pode ser nas cidades, desde que ali haja esse tipo de árvore, quer seja protegida nos quintais de algumas casas, quer seja como componente da arborização urbana. Basta um único pinheiro, às vezes bem defronte à janela de um edifício, e lá estará o passarinho, passando de ramo em ramo, cumprindo sua rotina diária na majestosa árvore.

Arte: Rodrigo Julkowski

Texto: Vanessa Crefta Bozza

Personalidade: Fernanda Góss Braga

Bióloga formada pela PUCPR, em 1997, Fernanda Góss Braga se especializou em Conservação da Biodiversidade e concluiu mestrado em Engenharia Florestal, com linha de pesquisa em Conservação da Natureza na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em 2010, foi consagrada doutora em Engenharia Florestal, pela UFPR.

Na sua carreira acadêmica, suas pesquisas foram direcionadas para animais em desaparecimento. “Em todas as ocasiões meus trabalhos de conclusão estiveram relacionados com aspectos da biologia de espécies de mamíferos ameaçados de extinção no Paraná”, explica Fernanda.

Com destaque na área da mastofauna, ramo da Biologia que estuda os mamíferos, a bióloga tem, por exemplo, trabalho ocorrência e uso da área por carnívoros silvestres no Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva, no Paraná.

Além disso, Fernanda é pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Conservação dos Tamanduás no Brasil, conhecido também como Projeto Tamanduá, executando ações para a preservação das espécies de Xenarthra na América Latina.  E também compõe a equipe do Conselho Regional de Biologia do Paraná, entre os anos 2014 a 2018.

Outro ponto de discussão da bióloga, é a problemática dos atropelamentos de fauna silvestre no Brasil. A convite do Encontro da Amazônia, Fernanda Góss participará da Jornada da Biodiversidade, nos dias 27 e 28 de maio. O evento irá reunir pesquisadores para discutir a diversidade e a situação da fauna e flora brasileira.

FERNANDA GÓSS

 

Pinheiro do Paraná

Pinheiro do Paraná

 

A Araucária, Araucaria angustifolia (Bertol) Kuntze 1898, é a arvore símbolo do Paraná e sua área original era de 200 mil km². A partir do século XIX, foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas.

Hoje seu território está reduzido a uma fração mínima. O seu desmatamento foi incentivado para abertura de áreas para a agricultura e a indústria madeireira contribuiu para a diminuição da espécie.

A interação com outras espécies é bem expressiva, como fonte de alimento, como várias epífitas que vivem sobre seus galhos e tronco, pássaros que habitam sua copa e tecem seus ninhos.

Sua semente, o pinhão, é alimento muito apreciado tanto pelos animais das matas, quanto pelos seres humanos. É utilizado como ingrediente de comidas típicas em várias cidades e é o que tem colaborado com a sua preservação, há dados que demonstram que um pinheiro adulto pode fornecer até quarenta quilos de suas sementes.

 

Texto e Fotografia: Vanessa Crefta Bozza

Arte: Glauco Teixeira