Encontro da Amazônia recebe mais de 300 crianças em evento sobre Índio

Voltado aos estudantes de Ensino Fundamental, a “Oficinas do Índio”, promovido pelo Encontro da Amazônia, recebeu mais de 300 crianças nos dois dias do evento. O projeto é composto por um circuito de cinco workshops de 20 minutos e os temas tinham como base a vivência e cultura indígena.

Estratégia de caça, história e atualidade, jogos e brincadeiras, brincando com o Museu e línguas indígenas, foram as temáticas responsáveis por convidar os estudantes a imergir na cultura dos índios. “A ideia é aproximar aos alunos cada vez mais do tema indígena. O projeto ‘Oficina do Índio’ é uma forma de abordar os assuntos de uma maneira mais divertida, sem perder o caráter educacional”, explica a idealizadora do projeto, Edicleia Monteiro.

No circuito, o primeiro ponto de parada era a oficina “Brincado com o Museu”, ministrados pelo Museu de Arqueologia e Etnologia do Paraná (MAE-PR). O espaço contava com kits didáticos e a caixa “Adorno” – catalogo de peças e materiais indígenas. Na sequência, os estudantes iam para o segundo passo, a oficina de “Jogos e Brincadeiras”, resgatando diversas brincadeiras infantis que os indígenas até hoje conservam.

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O biólogo Jean Felipe era responsável por desenvolver a oficina “Jogos e Brincadeiras”

 

No terceiro passo, o tema era mais histórico. Através da oficina “História e Atualidade”, os alunos compreendiam toa a linha da trajetória do índio no mundo e no Brasil.  “Línguas Indígenas”, era o tema do quarto passo, que destacavam as influências das palavras herdadas pelos índios. Para fechar o- circuito, o tema “Estratégia de Caça” desmembrava as formas que estas etnias utilizavam para sobreviver.

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Para ministrar a oficina “História e Atualidade”, o jornalista Marcos Dias utilizou uma linha histórica com temas importantes sobre a trajetória dos índios

 

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A oficina “Estratégia de Caça” fico sob a responsabilidade da bióloga Vanessa Crefta Bozza

 

Para finalizar, os estudantes participavam do bazar de peça artesanais produzidas pelos índios paranaenses. Além de terem oportunidades de conversar com os indígenas e entender a importância da cultura dos índios na formação da identidade brasileira. “Através dessa vivência, os estudantes começam a ter mais interesse a buscar mais informações sobre a história dos índios. É uma forma de estimular a curiosidade”, revela Edicleia.

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Alunos participam do bazar de peças indígenas

 

As comemorações do Encontro da Amazônia para o dia do índio, encerra no sábado (18), com o “Evento Cultural Indígena”. Na ocasião, o espaço vai promover oficinas de sabores, dança, artesanato, contos indígenas e simbologia e pinturas sagradas. Os ingressos custam R$ 15 e crianças até 12 anos não pagam. O evento começa a partir das 14h.

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O índio Elias Werá explica as regras jogo da peteca



Texto: Marcos Dias

Fotografia: Rodrigo Julkowski

Mesa redonda sobre indígena recebe mais de cem participantes

Nesta quinta-feira (16), a mesa redonda “Índio na cidade: desafios e oportunidades”, promovido pelo Encontro da Amazônia, recebeu a antropóloga e PhD em etnologia indígena Vilma Chiara, a doutora em antropologia social Ana Elisa de Castro Freitas, os indígenas Douglas Jacinto da Rosa, formando em Gestão Ambiental, e Sandra Terena, jornalista e fotografa. Além disso, o contador de histórias Carlos Daltschman relatou algumas obras em referências aos povos indígenas.

O evento aborda a diversidade da cultura indígena, principalmente a riqueza das aldeias brasileiras que abrigam as maiores etnias do mundo. Além de expor os desafios sociais da atualidade: relacionamento, oportunidades educacionais, culturais e empresariais, através da compreensão da integração dos índios na sociedade moderna.

Confira o registro fotográfico:

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Texto e Fotografia: Marcos Dias

Índios pernambucanos e venezuelana serão responsáveis pela oficina de dança no Encontro da Amazônia

Para compor a oficina de dança, o Encontro da Amazônia convidou a biodançarina venezuelana Kennia Caridad e o grupo indígena pernambucano Fulni-ô para ministrar os conceitos culturais de danças. De um lado um estilo inspirado na vida, nas origens das danças primitivas, com base no sistema da integração da música, do movimento e da vivencia no grupo. Do outro lado, toda a reverência às danças sagradas da etnia indígenas de Águas Belas (PE).

Vindos de Pernambuco, a etnia indígena Fulni-ô carrega na bagagem toda a vivencia cultural dos seus ancestrais. Através das danças, cantos, artesanatos e receitas medicinais, manifestam toda sua regionalidade. Confira um pouco mais das tradições desta etnia:

A dançarina Kennia acredita que a biodança tem uma ligação com a manifestação de dança dos índios. “A conexão profunda do indígena com seu corpo e com os ritmos da natureza joga um papel fundamental na sua vida, no seu dia-dia, nos mostrando sua importância para nos sentir integrados”. Ainda segundo Kennia, “a Biodança nasce como um caminho para nos conectar, além de nos sensibilizar nos relacionamentos com os outros, nos une novamente com nossas funções orgânicas, com nossa origem e com os nossos instintos”.

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As oficinas de danças serão realizadas no próximo sábado (18), a partir das 14h. O Evento Cultural Indígena vai oferecer também workshops de simbologia, sabores e artesanatos. As inscrições são limitadas.

Projeto educacional do MAE leva mais conhecimento sobre a cultura indígena

Nos dias 16 e 17, o Encontro da Amazônia recebe estudantes do ensino fundamental para as oficinas de história e atualidade; línguas indígenas; jogos e brincadeiras; e estratégia de caça. Para complementar, em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia do Paraná (MAE-UFPR), será realizada a oficina “Brincando com o Museu”, projeto oriundo do MAE composto por kits didáticos e a caixa “Adorno”. São esperados mais de 300 alunos que serão recepcionados por índios e passarão pelos circuitos de atividades culturais.

O projeto do Museu visa levar as discussões indígenas para lado de fora das estruturas do MAE-UFPR. “A proposta do kit didático é levar o museu para além de seus muros, até as escolas, e consequentemente aproximar o público dos conteúdos encetados pelo nosso acervo. Cada Caixa Didática é elaborada seguindo um tema e, dentro deste tema, é elaborado um texto de apoio para que o professor conduza a apresentação da caixa. Além do texto de apoio, a caixa segue com um catálogo das peças apresentadas bem como algumas propostas de atividade para os alunos”, explica museóloga Ana Luisa de Mello.

A Caixa Adornos apresenta uma discussão que leva o aluno a pensar o qual diferentes ou iguais somos em relação a outros grupos, como, por exemplo os grupos indígenas. “‘Lá e cá’, encontramos pessoas que usam alargadores de orelhas, que fazem escarificações e outros tipos de modificações corporais”, conta a museóloga. E completa: “a diferença, talvez, resida apenas no significado sociológico dado a esses usos nas sociedades Ocidental e Indígena. Afinal, aquilo que, para ‘nós’ pode ser considerado como um símbolo de transgressão como um alargador de orelha, para um indígena pode ser considerado um sinal de sabedoria, de alguém que sabe muito, porque ouve muito e, portanto é digno de respeito”.

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Imagem: Divulgação MAE-UFPR

Texto: Marcos Dias com informações MAE-UFPR

Ká fãr conta os desafios dos indígenas na cidade

A mesa redonda promovida pelo Encontro da Amazônia, no dia 16 de abril, às 19h, receberá pesquisadores e estudiosos para discutir a trajetória das etnias indígenas na sociedade atual.

Nesse sentido vamos receber o estudante indígena da etnia Kaingang, Douglas Jacinto da Rosa, conhecido como Ká fãr, ou casca de árvore em sua língua, para compartilhar conosco experiências e alguns dos desafios enfrentados nessa interlocução permanente que é a vida em sua terra indígena no aldeamento Kaingang de Campo do Meio, Gentil, atual estado do Rio Grande do Sul, e sua vida na cidade e na à universidade.

Formando em Gestão Ambiental, pela Universidade Federal do Paraná Setor Litoral (UFPR-Litoral), Douglas faz parte do índice de índios que inseriram-se nas diferentes cidades brasileiras. “Ingressei em 2010 na UFPR, através do processo seletivo especifico vinculado ao Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná e já no ano seguinte comecei a fazer parte do Comitê Gestor da Política afirmativa da universidade, representando as políticas afirmativas voltadas ao Plano de Metas de Inclusão Racial e Social”, relatou o índio Kaingang. E completou: “o plano, em suas dimensões, visa ações voltadas ao ingresso e permanência de estudantes indígenas no ensino superior da universidade”.

De lá pra cá, Douglas tenta gradativamente inserir pautas indígenas nos diferentes espaços de vivência acadêmica na UFPR. “Em 2015, entrou em vigor na UFPR a nova resolução da política afirmativa de ensino superior indígena, que contou com sua colaboração durante o processo avaliação e elaboração, que provocado pelo estudante indígena fomenta a dimensão da afirmação do indivíduo indígena na instituição, dando-lhe além da experiência acadêmica, a valorização cultural da identidade e da expressão cultural na UFPR”.

Além de toda a militância dentro da universidade, Douglas atua fora dos muros da instituição. “Desde fevereiro de 2014 venho articulando relações com diferentes lideranças do Rio Grande do Sul, que possibilitou a realização do ‘Primeiro Encontro de Aldeamentos em Campo do Meio’, na tentativa de qualificar as pautas indígenas na relação com o Estado”, explica. E, segundo Douglas, incentivou as lideranças para pensarem em planos de Gestão Ambiental e Territorial nas suas terras em diferentes contextos do Rio Grande do Sul, pensando projetos futuros de relação com as terras indígenas.

Douglas J. da Rosa traz na bagagem todos os anseios Kaingang e leva a reivindicação de sua etnia sobre a posse das terras tradicionais de sua comunidade. “Busquei situar a comunidade frente a importância histórica que simboliza essa reivindicação e a apontar os caminhos e tramites que acompanham o processo administrativo que envolvem a delimitação, demarcação e homologação de terras indígenas”, comenta. Ainda segundo Douglas, “junto com as lideranças de Campo do Meio e a minha coordenadora de projetos, elaboramos o Plano de Gestão Socioambiental e Territorial de Campo do Meio, com intuito de orientar a lógica de ocupação, uso dos recursos, recuperação de áreas degradadas, modelos produtivos alternativos à monocultura de transgênicos entre outros eixos de ação para o futuro”.

“Índio na cidade: desafios e oportunidades”, vai reunir, além do indígena Kaingang Douglas/Ká Fãr, a Phd em antropologia e especialista em etnologia indígena, Vilma Chiara e a doutora em antropologia social, Ana Elisa de Castro Freitas. A mesa redonda será mediada pela jornalista e descendente indígena Sandra Terena.

 

Confira os registros do índio Ká fãr:

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Encontro da Amazônia promove eventos em comemoração ao dia do Índio

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Com mesa redonda, oficinas escolares e evento cultural, o espaço vai proporcionar uma imersão histórica as tradições e costumes indígenas

O Encontro da Amazônia promove nos dias 16, 17 e 18 de Abril uma programação educacional diferenciada, em comemoração ao dia do Índio. Através da mesa redonda, oficinas para escolas e evento cultural, o projeto visa abordar todas as culturas indígenas e principalmente a riqueza das maiores etnias do mundo, responsável pela construção da identidade de várias nações. Nos três dias de eventos, o espaço espera receber mais de mil pessoas.

Para a criadora do projeto “Conheça a Riqueza Indígena”, Edicleia Monteiro, do Encontro da Amazônia, as ações são importantes para discutir a temática. “A ideia é compreender a integração do índio na sociedade urbana e valorizar suas habilidades e projetos de melhorias “. E completa: ”aprender sobre o índio é tão importante para a sociedade atual, por ser base da construção da identidade histórico-cultural brasileira”.

No dia 16 e 17, será realizado a “Oficina do Índio”, voltado para os estudantes do ensino fundamental, com os temas: história e atualidade; línguas indígenas; jogos e brincadeiras; e estratégias de caça. Os workshops terão, em média, 15 minutos duração e incentivará as crianças a participarem mais da vivência indígena.

Ainda no dia 16 de abril, às 19h, a mesa redonda irá discutir a integração do índio na sociedade urbana. Com o tema “O índio na cidade: desafios e oportunidades”, a discussão contará com a participação da antropóloga e Phd em etnologia indígena, Vilma Chiara; a doutora em antropologia social, Ana Elisa de Castro Freitas; e o estudante indígena Douglas, da aldeia Kaigang. A mesa redonda será mediada pela jornalista e descente indígena Sandra Terena.

O debate tem o intuito de abordar temas como a diversidade da cultura indígena, principalmente a riqueza das aldeias brasileiras que abrigam as maiores etnias do mundo. Além disso, expor os desafios sociais da atualidade: relacionamento, oportunidades educacionais, culturais e empresariais, através da compreensão da integração dos índios na sociedade moderna. Com vagas limitadas, as inscrições custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada) e podem ser feitas pelo site: www.encontroamazonia.com.br.

Para finalizar as comemorações ao dia do Índio, o Encontro da Amazônia vai produzir o “Evento Cultural Indígena”, no dia 18 de abril, a partir das 14h, para todas as idades. O evento vai oferecer oficinas de artesanato indígena, simbologia, sabores e dança, além de exposições de artefatos indígenas e apresentações culturais.

 

Serviços:

Mesa Redonda: “O índio na cidade: desafios e oportunidades”

Data: 16/04/15

Horário: 19h

Valor: R$ 50 inteira / R$ 25 meia-entrada

Público: pesquisadores, professores, acadêmicos e interessados.

Informações: cursos@encontroamazonia.com.br

 

“Evento Cultural Indígena”

Data: 18/04/15

Horário: 14h

Valor: R$ 50 inteira / R$ 25 meia-entrada

Público: crianças, jovens e adultos.

Informações: marketing@encontroamazonia.com.br

 

Sobre o Encontro da Amazônia: é um espaço voltado para atividades de vários segmentos como: Enciclopédia Virtual, Livraria, Cursos, Eventos, Salas Empresariais, e Turismo. Todas as atividades têm a mesma base de responsabilidade socioambiental e visa tornar-se um componente essencial para preservação da biodiversidade da maior floresta tropical do mundo. Em suas salas empresarias, o espaço abriga vários tipos de eventos corporativos, desde workshops e congressos a pequenas reuniões e encontros empresarias.  Em paralelo, o Encontro da Amazônia promove mensalmente eventos para incentivar o consumo cultural, educacional e cientifico.

Receitas com ingredientes indígenas são as apostas do chef Peruano para a oficina de sabores

 

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

Para finalizar as comemorações ao Dia do Índio, o Encontro da Amazônia promove no dia 18 de Abril, sábado, a partir das 14h, Evento Cultural Indígena. Com oficinas de artesanato, simbologia, danças e sabores, o evento fará uma imersão às culturas de uma das mais tradicionais etnias do mundo através das exposições, bazar e apresentações culturais.  Para ministrar o workshop de culinária típica, o espaço vai receber o chef Fernando Matsushita, que comanda a tradicional cozinha do Do Peruano.

Nascido no Peru, Fernando carrega além das tradições familiares, toda uma bagagem em pesquisas dentro da alimentação indígena e utiliza essas influências nas suas composições gastronômicas. “Eu sou autodidata, empírico, indigenista e tradicionalista. Sou neto e filho de cozinheiros. Tenho mais de 37 anos de carreira dentro deste segmento de culinária”, conta o chef. Além de possuir no currículo várias vivências gastronômicas internacionais. “Sou especializado em culinária Peruana, Japonesa e Contemporânea. Só no Japão são mais de 16 anos de cozinha, fora os mais de 6 anos de gastronomia brasileira”, completa.

Com todo esse conhecimento, o chef Fernando Matsushita vai produzir três pratos típicos da região peruana utilizados como base elementos que os índios utilizam na região. “A ideia do preparo dos pratos é mostrar a história e os ingredientes indígenas por trás da produção. Especialmente no protagonismo atual na culinária, que hoje é vanguarda no mundo”, explica. Serão utilizados ingredientes como papa, aji e rocoto, huacatay, cancha, milho roxo e outras iguarias do país.

As oficinas terão durações de uma hora e a turma será composta por até 30 participantes. A idealizadora do projeto cultural, Edicleia Monteiro, do Encontro da Amazônia, visa fazer uma transição entre as outras diversas temáticas no dia. “O objetivo é fazer um circuito entre os workshops, no qual os participantes possam transitar pelas diversas oficinas, assim fazendo uma imersão cultural dentro das tradições indígenas”, explica.

Para o chef Fernando Matsushita, o evento traz vários benefícios que resgatam os valores tradicionais das etnias indígenas. “Estes tipos de programas de inclusão social se preocupa pelo resgate e importância do aporte indígena Latino Americano na vida atual. O amplo valor dos produtos e culturas dos índios hoje não são mais valores de etnias esquecidas e sim de o encontro de culturas. Descobrem utilidades, se compartilham técnicas e inclusive se manifestam espiritualidades”. E completa: “a valorização destas expressões não é mais considerada um favor ou incentivo e sim um aporte mutuo para o desenvolvimento e progresso das atuais culturas em todos os aspectos”.

Elementos indígenas compõem espetáculo Nhanderecó, do grupo Baquetá

Entre as atrações do Evento Cultural Indígena, promovido pelo Encontro da Amazônia, o Grupo Baquetá vai apresentar o espetáculo Nhanderecó. Composto por três integrantes, a montagem tem direção de André Daniel e reúne diferentes contos e histórias de alguns dos povos indígenas do Brasil. A apresentação uni elementos teatrais, de dança e musicais.

Com duração de 45 minutos, Nhanderecó faz uma imersão às culturais dos índios, principalmente da etnia Guarani e Kaingang, encontrada em grande proporção em cidades do Paraná. O nome do espetáculo traduz o interesse na preservação cultural dos índios. “Nhanderecó, no dialeto Mbyá Guarani, significa ‘Ser Guarani’, no intuito de manter a cultura da etnia viva”, explica Ka Nêga, participante do elenco.

O espetáculo é composto por um enredo teatral e utilizada elementos musicais e as tradicionais danças da etnia. O grupo traz ao palco elementos tipicamente utilizados pelos índios. “Nhanderecó traz elementos da própria cultura indígena, peças de artesanatos e instrumentos musicais utilizados pelos índios, como rabeca”, conta Ka Nêga.

Fundado em 2009, em Curitiba, Paraná, o Grupo Baquetá é formado por sete integrantes. O grupo pesquisa e desenvolve projetos com foco nas culturas populares brasileira, para diversos públicos. As ações envolvem montagens teatrais, música, dança, literatura e artes visuais.  Na bagagem, o grupo tem espetáculos como “Um pouquinho de Brasil, iá iá” e “Baquetinhá”, que reúne manifestações culturais populares.

 

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Índio Werá Popygua ministrará oficina de artesanato no Evento Cultural Indígena

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No dia 18 de abril, a partir das 14h, o Encontro da Amazônia vai promover o Evento Cultural Indígena, com exposições, atrações culturais e diversas oficinas. Com o objetivo de resgatar a cultura dos índios, os workshops reunirão profissionais para ministrar atividades sobre dança, culinária, artesanatos e simbologia.

Sob o comando do índio Werá Popygua, também conhecido como Elias Fernandes, a oficina de artesanato indígena irá confeccionar filtro dos sonhos, pulseiras e tornozeleiras, brincos de penas e colares de sementes. As turmas serão formadas por crianças, a partir dos 8 anos, jovens e adultos.

Segundo o índio Werá, “os artesanatos, hoje comercializados culturalmente, eram utilizados no cotidiano das aldeias. Os arcos e flechas que cada guerreiro usava, e demarcava, ou com traço maior ou menor, dependendo do tamanho da presa, era um jeito de mostrar para as índias que seria um bom partido pois elas não teriam fome pois eles garantiriam a caça, cada tipo de presa era usado uma flecha diferente assim como os pássaros era um tipo, para peixe havia um serrilhado ao contrario para quando puxasse a flecha não soltasse do peixe”.

Há cinco anos em Curitiba, na aldeia Kakané Porã, o índio Werá Popygua, da etnia Guarani, traz na bagagem toda suas histórias e vivências. Nascido em Mangueirinha, no Paraná, na aldeia Pidó, atualmente sobrevive pela venda de artesanatos na Praça Osório. “Já trabalhei na área Construção Civil, mas optei pela comercialização dos artigos indígenas, pois consigo tirar um pouco mais para manter minha família”, explica o índio.

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Aos 32 anos, é pai de dois filhos, e casado com uma não-indígena. Devido ao  preconceito com a sociedade indígena, sofreu bastante preconceito, no início do seu relacionamento. “Os índios têm fama de não trabalhar, de serem preguiçosos e de beberem muito”, comenta Werá. Ainda segundo o índio, este tipo de eventos gera uma nova visão aos povos indígenas.

Além do Evento Cultural Indígena, o Encontro da Amazônia promove nos dias 16 e 17 de Abril uma programação educacional diferenciada, em comemoração ao dia do Índio. Através da mesa redonda e oficinas para escolas, o projeto visa abordar todas as culturas indígenas e principalmente a riqueza das maiores etnias do mundo, responsável pela construção da identidade de várias nações.